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Minha amada, a Seleção Brasileira

Minha amada

A Seleção Brasileira é tipo aquela namorada que só da mancada com você. Você quer gostar dela, você quer ama-la, curti-la e fazer dela a razão da sua vida, mas ela não ajuda.

Ela é linda. Tem coisas que nenhuma outra tem. Quando você pensa nela, pensa na elegância, no brilho, no encanto que ela proporciona. Mas ao mesmo tempo é ordinária.

Ela atrai olhos por onde passa. Mas esses mesmos olhos que esperam ansiosos para ver cada movimento dela, muitas vezes se decepcionam por não ver exatamente o que queriam.

Você fica com raiva dela pelas decepções que ela causa. Mas espera ansiosamente o dia em que ela vai chegar, toda imponente, e mostrar aquilo que você quer ver.

Nesse sentimento de decepção e descrédito, você acaba flertando com outras, que estão mais bonitas e mais na moda. Mas no fundo, você não quer essas outras.

E aí vem ela e te chama para um encontro. De cara o encontro não te anima. Terça-feira a tarde, tipo comer um salgado no boteco da esquina. Mas é ela e, por ela, você faria qualquer coisa.

Então você vai, até se empolga um pouquinho, mesmo sabendo o quanto ela já deu mancada com você. E ela chega, com aquela roupa linda de sempre, que te faz brilhar os olhos e te traz tantas lembranças boas.

Durante o encontro, você a ama e a odeia. Pensa: “O que estou fazendo aqui?”. E de uma hora para outra, você mesmo diz: “Aí sim. Foi por isso que eu vim”.

No final, o encontro não foi como você imaginava. Mais uma vez ela te desapontou, mesmo o resultado tendo sendo positivo no final.

E você vai pra casa, amando-a e odiando-a, esperando o próximo encontro, no qual você vai cheio de expectativas, querendo ama-la e se encher de orgulho ao dizer que ela é sua amada.