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Amistosos da Seleção

O dono da 10!

Amigos, resolvi esperar o final da rodada de amistosos da Seleção brasileira para comentar. Assim evitaria cometer os mesmos erros e injustiças que muitos jornalistas e palpiteiros cometeram por aí.

Após a vitória contra a Dinamarca e a goleada contra os EUA, muitos exageraram e disseram que a Seleção estava dando show e que havia encontrado seu caminho.

Os mesmos que elogiaram, criticaram aos montes após a derrota para o México.

Para ser mais justo prefiro analisar os jogos como um todo.

O Brasil mostrou uma evolução clara durante esses jogos. Mano está conseguindo dar um padrão e definir o sistema de jogo. Mano falha as vezes, como na derrota contra o México, onde deixa a busca por um padrão e sai correndo atrás do resultado. Mostra claramente que está mais preocupado em garantir o emprego do que dar uma cara ao time.

Muitos testes foram feitos. Alguns claramente deram mais certo do que outros. Os destaques nesses quatro jogos foram Oscar e Marcelo. A camisa 10 da Seleção finalmente encontrou seu dono, e Ganso terá que se acostumar a ser reserva. Marcelo mostrou muita personalidade, mesmo sendo expulso no final do jogaço contra a Argentina.

Assim como alguns se destacaram positivamente, outros se destacaram negativamente. Casos de Lucas e Damião. São jogadores muito importantes e tem que estar nos jogos olímpicos, mas ainda precisam evoluir.

Alguns outros que aproveitaram bem essa passagem: Romulo, Hulk, Sandro, Juan, Bruno Uvini e Rafael Cabral.

No geral, gostei do que vi. Principalmente pelo jogo de ontem contra a Argentina. Apesar da derrota, o clássico foi decidido por um gênio. O Brasil foi muito mais time que a Argentina, mas eles tem Messi. Resultado, Brasil 3, Argentina 1, Messi 3, o que dá 4×3 para eles. A molecada da Seleção mostrou postura, vibração e qualidade. Não tremeu diante do time principal da Argentina.

Esperemos agora. Há esperança. O time está em evolução e o futuro pode ser promissor.

A estréia nos Jogos Olímpicos é contra o Egito, dia 26 de Julho.

Minha amada, a Seleção Brasileira

Minha amada

A Seleção Brasileira é tipo aquela namorada que só da mancada com você. Você quer gostar dela, você quer ama-la, curti-la e fazer dela a razão da sua vida, mas ela não ajuda.

Ela é linda. Tem coisas que nenhuma outra tem. Quando você pensa nela, pensa na elegância, no brilho, no encanto que ela proporciona. Mas ao mesmo tempo é ordinária.

Ela atrai olhos por onde passa. Mas esses mesmos olhos que esperam ansiosos para ver cada movimento dela, muitas vezes se decepcionam por não ver exatamente o que queriam.

Você fica com raiva dela pelas decepções que ela causa. Mas espera ansiosamente o dia em que ela vai chegar, toda imponente, e mostrar aquilo que você quer ver.

Nesse sentimento de decepção e descrédito, você acaba flertando com outras, que estão mais bonitas e mais na moda. Mas no fundo, você não quer essas outras.

E aí vem ela e te chama para um encontro. De cara o encontro não te anima. Terça-feira a tarde, tipo comer um salgado no boteco da esquina. Mas é ela e, por ela, você faria qualquer coisa.

Então você vai, até se empolga um pouquinho, mesmo sabendo o quanto ela já deu mancada com você. E ela chega, com aquela roupa linda de sempre, que te faz brilhar os olhos e te traz tantas lembranças boas.

Durante o encontro, você a ama e a odeia. Pensa: “O que estou fazendo aqui?”. E de uma hora para outra, você mesmo diz: “Aí sim. Foi por isso que eu vim”.

No final, o encontro não foi como você imaginava. Mais uma vez ela te desapontou, mesmo o resultado tendo sendo positivo no final.

E você vai pra casa, amando-a e odiando-a, esperando o próximo encontro, no qual você vai cheio de expectativas, querendo ama-la e se encher de orgulho ao dizer que ela é sua amada.

A decadência do esporte brasileiro

Até o momento o Brasil é o segundo no quadro de medalhas do Pan de Guadalajara, atrás apenas dos EUA. Definitivamente isso não diz nada.

O Pan é uma competição de segunda linha. Os EUA, por exemplo, competem com muitos atletas universitários. Ouvi um jornalista chamando o Pan de jogos abertos do interior em castelhano. Não acho que seja bem por aí, mas até a Globo dá mais destaque para os jogos do interior.

O fato é que o Brasil está a anos-luz de ser uma potência olímpica. Falta estrutura, organização, dinheiro, profissionalismo e principalmente vontade e seriedade.

Mas o problema não para por aí. O esporte brasileiro como um todo está em queda livre. Vez ou outra surge um talento, mas não há uma seqüência.

Até o futebol e o vôlei podem se incluir nessa lista. Há tempos o país do futebol aplaude e inveja os adversários. Não temos mais um jogador de destaque no cenário mundial. Com o vôlei ainda temos algo a oferecer, mas a queda de qualidade é gritante. Não temos mais aquele dream team com Giba, Serginho, Ricardinho, Nalbert, André e etc. Quase todos já não vestem a camisa da seleção, e a renovação não está no mesmo nível.

Um país que tinha, e talvez ainda tenha, tudo pra crescer, sucumbe nas mãos de dirigentes aproveitadores e corruptos. Isso vale tanto para o esporte quanto para o governo em geral.

Até quando vamos ficar esperando surgir um Neymar, um Guga, um Cielo, uma Daiane, entre outros talentos? Temos material humano, mas falta inteligência.

Enquanto isso vemos outros países tão menores, nos superando dia após dia.

Finalmente vontade

Ontem, mais um jogo da Seleção do Mano. Pela frente, desconfianças, dúvidas e a obrigação de mostrar algo produtivo. Além, obviamente, da boa seleção mexicana.

Mais uma vez o time o time começou xoxo e o gol sofrido, logo aos 10 minutos, era o prenuncio de mais uma noite desperdiçada.

Quando o decadente Daniel Alves cometeu o pênalti e foi justamente expulso, tanto nós, como o Mano, tínhamos certeza de que a cama era a melhor saída.

Mas a estrela de Jeferson brilhou. E a de Mano também. Fez uma alteração incomum e sacudiu o time. Resultado: o Brasil jogou com uma vontade que não tinha sido vista em nenhum jogo até então.

Se tecnicamente as coisas não iam, foi na vontade. Ronaldinho acertou um chutaço na gaveta e Marcelo (disparado o melhor em campo) fechou um placar com outro golaço.

Ainda há muito o que melhorar. Apesar de dois milagres ontem, Jeferson ainda não inspira aquela segurança. Daniel Alves foi ridículo mais uma vez. A dupla de volantes de ontem é fraquíssima. Ronaldinho não é e não pode ser o cérebro do time. E o Lucas é um bom reserva.

Mas independente disso, o Brasil mostrou que pode jogar com garra. E é isso que a torcida quer ver. Vontade! O torcedor quer torcer pela Seleção e isso só depende de Mano e seus comandados.

Finalmente houve vontade. Vontade do time de ganhar. E vontade nossa de torcer.

Brasil x Argentina

Brasil 2×0 Argentina. Hoje o Mano dorme aliviado.

Resultado importante pra dar um pouco de tranqüilidade. Brasil jogou bem? Não.

Como time, o Brasil foi bem mais ou menos. Faltou organização. O jogo foi decidido na individualidade e graças às grandes atuações de Lucas, Neymar e Cortês.

O goleiro argentino não fez nenhuma defesa, ao contrário do Jeferson. Ronaldinho fez mais firula do que realmente jogou bola, Ralf errou demais, assim como o Danilo.

Na verdade, era obrigação a vitória. O time titular da Argentina está na Europa, ao contrário da seleção brasileira que tem boa parte do seu time principal jogando aqui.

No final, dos 4 tempos jogados, só um prestou. Mas muita coisa positiva pode ser tirada desse confronto.

Mas tem muita, muita coisa a ser melhorada.

Argentina 80 x 75 Brasil – Gostinho amargo

Eu devo ser muito chato. Ou será que são as pessoas que se contentam com pouco? Um pouco dos dois talvez.

O basquete masculino está nas Olimpíadas. Legal, parabéns! Mas precisava parar por aí?

Ontem, na final da Copa América, sonhos mais altos poderiam ter sido alcançados. Se não fosse pela sensação (precoce) de dever cumprido.

Começando pelos moicanos. Podiam deixar pra fazer isso depois de serem campeões, em cima da Argentina, na casa deles. Será que era tão absurda essa idéia?

E o Brasil começou o jogo assim. Deixando a Argentina abrir 21 x 9 com extrema facilidade. Ridículo!

Até que os brasileiros se ligaram que dava pra ganhar. E foram diminuindo, diminuindo, diminuindo, até iniciarem o quarto período com apenas dois pontos atrás (50 x 48).

E não é que na primeira tentativa o Brasil virou? 51 a 50! Era hora de partir pra cima. E foi isso que eles fizeram! Abriram pra 56 x 50. E acharam que isso era assustadoramente surpreendente. E se colocaram na mesma postura do início do jogo. Como se fossem tão inferiores, que era um crime ganharem duas vezes seguidas da Argentina. Como se não precisassem disso também, pois já haviam carimbado o passaporte para Londres.

E a Argentina mostrou como se ganha um jogo. Fria e certeira. Tomou o controle da partida de novo e levou o jogo. No final, o Brasil chegou a ter a chance de empatar o jogo, mas a bola estava pesada demais.

Ganhou quem teve o MVP do torneio, Luis Scola. Esse, aliás, que joga muito, principalmente quando não é bem marcado. Ontem, foram mais de 30 pontos.

MVP - Luis Scola

Ganhou quem realmente quis ganhar e não se contentou só em estar nas Olimpíadas, por mais que não tenham sido brilhantes.

E esse espírito de inferioridade não se refletia só nos jogadores. Os comentários na televisão descreviam uma participação épica da seleção no torneio.

Por isso acho que, posso até ser chato, mas as pessoas se contentam com pouco, muito pouco.

Convocação “doméstica” – Mais uma decepção

Amigos vuvuzuleiros, bom dia!

Ontem não estava com saco pra escrever sobre essa convocação do Mano, mas hoje não aguentei.

A lista é ruim! Provavelmente porque o técnico da seleção não assite ao campeonato brasileiro. Ou seria porque tem outros interesses na convocação?

Goleiros: nada a questionar.

Laterais: Bruno Cortês? Kléber? Mario Fernandes? Acho que tem gente que merece mais do que esses aí. Os laterais do Palmeiras, Cicinho e Gabriel Silva são dois deles. Além disso, Junior César vem jogando bem no Flamengo e outros jogadores de times menores tem jogado muito melhor que os convocados como: Ávine, do Bahia e Marcos Rocha, do América-MG.

Zagueiros: Aceitável.

Volantes: Aceitável também. Não sei quais as condições físicas do Arouca, mas se ele tivesse condições de jogar contra a Argentina, deveria ter sido chamado.

Meias: Aí é palhaçada. A convocação de Cícero e Renato Abreu foi uma das piadas de mais mal gosto que já vi. Principalmente com o que vem jogando o Elkeson. Além dele, o Rafinha era um outro nome interessante.

Atacantes: O que o Fred está fazendo na lista? Porque Dagoberto e Borges não estão ali? Sem comentários

Como escrevi no post de ontem, o Mano é péssimo. Sem mais comentários.

Brasil x Gana

Fim de jogo. Brasil venceu Gana por 1×0 e mostrou que realmente precisa melhorar muito.

Com Marcelo e Daniel Alves nas laterais, o time precisa de um volante pra fazer as vezes de terceiro zagueiro, pois é impressionante a quantidade de espaço que os dois laterais deixam. São ótimos no apoio e tem que jogar, mas precisam de um esquema de cobertura.

Lucas Leiva é no máximo um bom reserva, Fernandinho e Elias não deveriam nem ser opção.

O quarteto de frente parece ser o ideal. Ainda que Ronaldinho não seja mais o que foi, é quem pode dar um toque diferente. Perto do que tem hoje o Brasil, não tem como ele não jogar.

Ganso ainda fica devendo. Hoje saiu com 8 minutos de jogo. Neymar e Damião foram bem e com isso Pato deu tchau de vez à camisa 9.

O técnico é que não ajuda muito. Convoca mal. Escala mal. E mexe mal. Com 1 a mais e vencendo o jogo, deveria ter mexido mais no time, até para dar experiência a alguns jogadores. Não mexeu por medo. Parece que se apavorou por estar vencendo o jogo e não quis complicar. Pois nem ele confia nele mesmo.

Pato e Hulk devem continuar, apesar de eu achar que poderia ser dada uma chance ao Borges e Luis Fabiano está voltando.

Ralf, Lucas e Danilo poderiam ter jogado um pouco hoje. Precisam disso.

E que venha a Copa Roca.

O Brasil dos brasileiros

Em breve teremos a volta da Copa Roca. Para esse mini torneio entre Brasil e Argentina, o Mano só poderá convocar jogadores que atuam no Brasil.

Como de praxe, resolvi “escalar” os jogadores que poderiam ser convocados e, para minha total surpresa, percebi que temos muito mais opções aqui do que imaginamos.

Vou listar opções que acho totalmente viáveis e não só os 23. Algumas parecem um tanto quanto absurdas, mas são opções.

Goleiros: Fábio (Cruzeiro), Jeferson (Botafogo), Rafael (Santos), Julio César (Corinthians)

Laterais Direitos: Danilo (Santos), Alessandro (Corinthians), Cicinho (Palmeiras), Boiadeiro (Ceará)

Laterais esquerdos: Gabriel Silva (Palmeiras), Junior César (Flamengo), Ávine (Bahia), Alex Sandro (Santos)

Zagueiros: Dedé (Vasco), Rhodolfo (São Paulo), Mauricio Ramos (Palmeiras), Paulo Miranda (Bahia), Naldo (Cruzeiro), Réver (Atlético-MG)

Volantes: Ralf e Paulinho (Corinthians), Casemiro (São Paulo), Fernando (Grêmio), Willians (Flamengo)

Meias: Oscar (Inter), Ganso (Santos), Elkeson (Botafogo), Lucas (São Paulo), Ronaldinho e Thiago Neves (Flamengo)

Atacantes: Neymar e Borges (Santos), Damião (Inter), Dagoberto (São Paulo), William (Corinthians)

Com certeza eu devo ter esquecido alguém. Mas isso mostra que, salvo algumas exceções, a gente não precisa ficar dependendo de quem joga lá fora.

Criança Esperança: Sub-20 campeã

Ficar acordado até tarde exige um bom motivo. Ontem esse bom motivo vestia amarelo e era cheio de moleques.

A seleção brasileira sub-20 conquistou o penta campeonato mundial, sob a batuta de Oscar.

Um jogaço contra uma seleção portuguesa forte de marcação e com um atacante de altíssimo nível.

O Brasil não jogou bem, errou passes e mais passes e só venceu pois Oscar estava impossível. Marcou os 3 gols e ditou o ritmo brasileiro.

Além do título, fica uma esperança de renascimento do futebol brasileiro. São muitos jogadores de grande qualidade.

Não dá pra se empolgar e querer essa molecada na seleção principal, mas aos pouquinhos eles vão aparecer por lá.

PS: o Phillipe Coutinho é supervalorizado.