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Quando os gênios falham

Gênios são de uma categoria fora do comum. O que separa os craques de gênios, são os momentos decisivos e a continuidade. Quando eles chamam a responsabilidade e carregam o time nas costas.

Mas gênios não são infalíveis. E, se eles falham, há todo um espanto.

Fico imaginando quem está ao lado desses gênios. No momento em que eles falham, deve haver um pensamento do tipo: “se ele errou, o que pode dar certo?”

Essa semifinal de Champions nos mostrou bem isso. Casos isolados, mas igualmente espantosos.

E os gênios...

Comecemos pelo melhor do mundo. Messi não fez grandes jogos contra o Chelsea, assim como não fez contra o Real, sábado passado. Quando ele não está nos seus dias, o Barcelona vira um time que é possível ser batido.

Para piorar, a classificação para a final da Champions passou pelos pés dele. O jogo apontava 2×1 para o Barça e lá estava ele. Na marca da cal, frente a frente com o grande Peter Cech. Gol certo, pensaram muitos. E ele bateu forte, alto, tirando do goleiro e carimbou o travessão. Aquilo criou um clima de perplexidade, incredulidade e desespero. Messi errou! Como? Junto a isso, veio a eliminação e a decepção de ver um time como esse passar uma temporada sem um grande título.

No dia seguinte foi a vez do segundo melhor do mundo entrar em campo. E o toque de genialidade apareceu logo. Dois gols em menos de 15 minutos de jogo. Naquele momento, Ronaldo carimbava a ida do Real para Munique. Mas a vida, essa sim é uma caixinha de surpresas. O jogo foi para os pênaltis e Ronaldo voltou a mesma situação que esteve no primeiro gol do jogo. Era ele, contra Neuer. Ele foi, canto direito do goleiro. Fraco e nem tão no canto. Defesa de Neuer.

... também falham.

Ele era o primeiro a bater pelo Real e é sobre isso que eu estava falando. Imaginem os jogadores olhando ele perdendo o pênalti. Certeza que o pensamento foi: “agora fodeu!”
Como já é sabido, o Bayern se classificou.

E os gênios também falham.