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Goleiros: eternos vilões

Queridos amigos, bom dia.

Não estava querendo muito falar sobre o assunto, mas diante da falha do Buffon ontem, resolvi me manifestar. Que fase dos goleiros, não é!?

Julio César, Deola, Denis e agora Buffon.

Obviamente não estou comparando os três jovens com o já consagrado Buffon. Mas é interessante ver que até os melhores, também falham em momentos decisivos.

Para quem não sabe, aos 41 minutos do segundo tempo, Buffon dominou errado uma bola e o atacante a roubou, fazendo o gol de empate e fazendo a diferença da Juve para o Milan cair para 1 ponto.

Não estou aqui para cornetar os goleiros. São apenas pobre coitados muito mais visados que todos os outros 20 jogadores em campo. O atacante pode furar na hora de finalizar, o meia pode errar um passe, o lateral pode mandar um cruzamento na arquibancada, mas o goleiro não. Qualquer falha e a chance de sair como vilão do jogo é quase de 100%.

Quando o goleiro falha, ninguém lembra o quanto os outros jogadores erraram. Citando os exemplos recentes, Julio César foi crucificado pelas falhas contra a Ponte. Mas ninguém falou do gol ridículo que o Liedson perdeu, ou da partida horrorosa que o time do Corinthians fez.

Assim como o Denis, domingo. O São Paulo até fazia bom jogo mas, antes da falha, sofria com a tosquice de Jadson e William José.

Não entremos na questão de que Julio César já havia tido outras falhas antes.

O fato é que essa posição é ingrata.

Rogério Ceni, herói do Mundial de 2005, falhou na final da Libertadores 2006 e o São Paulo perdeu a chance do tetra campeonato.

Taffarel, o grande Taffarel, já conviveu com muitas falhas e inclusive afastamento, no Atlético-MG.

Julio César (o da Internazionale), passou de grande goleiro do mundo a frangueiro, após a falha no jogo contra a Holanda em 2010.

Oliver Kahn, paredão incontestável alemão, soltou a bola nos pés de Ronaldo na final da Copa de 2002.

Até São Marcos! A falha no Mundial de 1999 rendeu o único gol do jogo e deu o título ao Manchester United contra o Palmeiras.

Falhas são comuns. Independentemente de quem seja o goleiro.

O que difere o grande goleiro dos outros, é aquele que não se abate com as falhas e dá a volta por cima.

Três toques: Oscar, Julio César e Pep Guardiola

Amigos,

Considerações rápidas:

Oscar

Caso chato. Vai ficar nesse vai e vem até alguém bater o martelo e disser o quanto ele ou o Inter tem que pagar para o São Paulo.

Não há ninguém 100% correto e coitadinho na história. Mas o que tem menos culpa é o São Paulo. O problema é que o Inter não quer pagar o que o São Paulo pede e os valores são discutíveis.

Ruim para Oscar, que fica sem jogar. Ruim para o Inter, por não poder contar com o jogador. Ruim para o São Paulo, que nunca vai ter o jogador em seu elenco e sabe-se lá quando vai ver a cor do dinheiro.

Em algum momento alguém terá que ceder.

Oscar tem um Habeas Corpus que o permite jogar pelo Inter. Mas até onde sei, nem o próprio Inter quer muito arriscar.

 

Julio César

O cara foi afastado. Chato demais isso. Para aqueles que evitavam jogar a culpa nas costas dele, isso foi a prova de quem a própria diretoria e comissão técnica consideraram culpado pela eliminação.

Talvez faça bem para ele. Provavelmente ele não teria cabeça para estar em campo contra o Emelec e qualquer falha daqui pra frente, vai ser motivo de crucificação.

Não sei se ele terá mais clima para jogar no Corinthians. Concordo com aqueles que dizem que a melhor coisa para ele agora, seria uma transferência. Respirar novos ares pode fazer bem a ele.

 

Pep Guardiola

Fim de uma era. Deixa o comando do Barça no momento certo. Por cima, sem questionamentos e sem ficar devendo absolutamente nada.

Na hora em que assumir outro time ou seleção, terá que provar que ele tinha grande parte dos méritos pelo sucesso do Barça.

Acho que conseguirá. A filosofia de jogo do Barça veio dele e, apesar de não ter os mesmos jogadores, pode implantar essa filosofia aonde for.

E porque não a Seleção Brasileira?

Charge: Torcida pede a permanência de Julio César

As quartas do Paulistão

Queridos amigos,

Normalmente escrevo sobre cada jogo separadamente, mas hoje não será assim. Dos quatro jogos das quartas, só não vi Santos e Mogi, portanto não me alongarei nesse tema.

Luis Fabiano: decisivo ontem, desfalque domingo.

São Paulo 4×1 Bragantino

Quando o São Paulo perdeu para o Linense e o Corinthians bateu a Ponte, disse para muita gente que o Tricolor havia dado sorte. Pegar o Bragantino, e não a Ponte, era um fato pra se comemorar.

Em campo o São Paulo mostrou isso mesmo. Passeou para cima do Braga, com direito até a pênalti perdido. Luis Fabiano (2), Fernandinho e Osvaldo marcaram os gols do Tricolor.

Agora o Tricolor encara o Santos, sem o Fabuloso, que tomou o terceiro amarelo. Jogo dificílimo.

Neymar: mais um show

Santos 2×0 Mogi

O Santos era favorito e fez o trabalho dele sem sustos. Só vi os melhores momentos e foi suficiente para saber que o Mogi passou longe de oferecer perigo ao Santos e deu pra babar no gol do Neymar.

Domingo, no Morumbi, tentativa de revanche contra o São Paulo.

Corinthians 2×3 Ponte Preta

Nesse jogo vou perder tempo. Confesso que não ia assistir ao jogo, pois achei que Flamengo e Vasco ia ser mais jogo, e até foi. Mas zapeando pelos canais vi que a Ponte tinha uma falta para bater. A falta era de longe, mas resolvi ver no que ia dar.

Um chute forte (mas nem tanto) e uma baita falha resultaram no primeiro gol dos visitantes. A partir daquele momento comecei a acompanhar o jogo e vi uma Ponte Preta muito bem armada, dando um nó no Corinthians.

Estica o braço, Julio César!

Pra deixar o jogo melhor, a Ponte fez 2×0 ainda no primeiro tempo. O jogo seguiu com a Ponte dando sustos e o Corinthians assustado com o que acontecia.

No segundo tempo o Corinthians voltou forte. Afinal, precisava. Mas a pressão não funcionava e a Ponte hora ou outra assustava. Até que William acertou um belo chute cruzado e diminuiu. O Pacaembu pegou fogo!

Mas Julio César estava lá, para apagar o fogo corinthiano. Na saída de bola, chutou a pelota nas costas do Leandro Castán. A Ponte agradeceu e Rodrigo Pimpão tocou por baixo de um Julio César desesperado que saía pra cima dele.

Pra não deixar esfriar, Alex ainda fez o segundo (um golaço por sinal) logo em seguida. Mas não adiantava.

A Ponte ganhou pois foi espetacular no primeiro tempo e porque Julio César colaborou. Culpa dele? Nunca. O time inteiro foi mal durante o jogo todo. Mas é um goleiro não muito confiável, em um time que vai entrar no mata-mata da Libertadores.

Eterno Fumagalli. Golaço olímpico!

Guarani 3×2 Palmeiras

E aí veio o último jogo. Quem leu o blog anteriormente, sabe que eu já havia cantado quem sairia vitorioso.

O primeiro tempo do jogo foi horrível, passemos pois para o segundo.

4 minutos. Apenas 4 minutos foram necessários para tudo tomar um rumo diferente. Aos 5, golaço olímpico de Fumagalli. Aos 8 o segundo do Guarani e aos 9 Marcos Assunção (sempre ele) diminuiu.

Depois disso, finalmente tivemos um jogo que valeu a pena. Não pela técnica, mas pela dramaticidade que se construia. O jogo foi indo até o Guarani fazer o terceiro, aos 45.

Pra quem achava que tudo havia acabado, o Palmeiras ainda diminuiu 3 minutos depois, mas foi só.

Agora Guarani e Ponte fazem a semifinal, no Brinco de Ouro. Ao Palmeiras, resta a Copa do Brasil.

E para muitos que me cornetaram, quando eu disse que o Palmeiras tem um elenco limitado, está aí a resposta.

 

E deu a lógica: Corinthians campeão.

Corinthians campeão

Acabou. O Brasileirão 2011 teve hoje seu último capítulo e, consequentemente, a definição de quem fez história esse ano.

Como esperado, o Corinthians sagrou-se campeão. Havia a necessidade de uma derrota para o Palmeiras, além de uma vitória vascaína contra o Flamengo. Nenhuma das duas coisas aconteceu. O Corinthians segurou o 0x0, enquanto o Vasco também ficou no empate no Rio, mas por 1×1.

O título era justo para qualquer um dos lados. Mas, pelo desenho todo do campeonato, obviamente era um pouco mais justo para os lados do Parque São Jorge.

Gostaria de levantar o nome de dois personagens que comemorarão de maneira mais especial o título de hoje: Julio César e Tite.

Tanto um como outro foram apedrejados, contestados, escrachados e seriam lançados aos leões, caso estivéssemos na Roma antiga.

Ambos deram a volta por cima. São unanimidade para a torcida corinthiana? De jeito nenhum. Mas ganham uma sobrevida para o próximo ano. Pelo menos até o próximo frango, ou a próxima sequência negativa.

Quanto ao Vasco, há muito o que se comemorar. Foi um ano de renascimento e redenção. Há quanto tempo não víamos o Gigante da Colina em um ano tão espetacular? Campeão da Copa do Brasil, vice Brasileiro e foi até as semifinais da Sul-americana.

Na zona da Libertadores, os dois que mais devem lamentar a não classificação são Coritiba e São Paulo. O Coxa só dependia dele. Era bater o Atlético-PR e carimbar seu passaporte. O Tricolor precisava de uma combinação de resultados meio absurda, que só não ocorreu devido ao gol do Inter. Os 4×1 contra os reservas do Santos de nada valeram. Nem para aliviar o péssimo ano que viveu o time.

E no fundo do poço, o Cruzeiro usou o rival, Atlético-MG, de escada e se garantiu na série A do ano que vem, com um impiedoso 6×1. Sorte do futebol brasileiro. Bem melhor ter o Cruzeiro na série A, do que aguentar o Atlético-PR.

Outro time que tem o que comemorar é o Palmeiras. Nas últimas rodadas o time se transformou e deixou uma sensação nos torcedores de que o ano poderia ter sido melhor.

Hora de descansar e se preparar para o ano que vem. Com certeza teremos outro campeonato brasileiro fantástico, principalmente porque os 4 que subiram da série B (Portuguesa, Ponte, Sport e Náutico), são bem melhores que os 4 que caíram (Atlético-PR, Ceará, América-MG e Avaí).

E só para constar: o Corinthians foi campeão e não teve taça pra levantar diante da sua torcida. Coisa dos pontos corridos. A torcida do Pacaembú não merecia isso, assim como as outras torcidas todas que passaram pela mesma situação. A taça, que deveria ser o momento maior dessa conquista, será entregue dentro de um teatro, para um monte de gente que não estará se importando nenhum pouco para o momento. Fazer o que, não é?

PS.: Comemora, Doutor. Comemora que o título também é seu.